sábado, 31 de julho de 2010

6º Dia - Laguna à Florianópolis - 28 de julho

Uffa até que enfim chegaram alguns trechos de terreno plano. O dia Iniciou maravilhosamente bem, com um alvorecer lindo. Da sacada do hotel era possível acompanhar o despertar do novo dia que estava nascendo na Lagoa de Imaruí por volta das 06:50. Depois de tomar um bom café da manhã e se encilhar para pegar a estrada me despedi de meu irmão e peguei a rodovia BR-101 saindo para pedalar os 130 km até a Ilha da Magia às 07:30.
A famosa rodovia da morte em seu trecho sul está muito perigosa. Em alguns trechos até sem acostamento.
De Laguna a Imbituba até que a pista estava em boa condições, mas logo começaram os trechos de obras. Ao Lado esquerdo da pista agora podia ver a lagoa Mirim.
Chegando a Imbituba resolvi contornar pela orla, mas quando entrei no trevo me defrontei com um vento muito forte, que me fez mudar de planos e continuar seguindo pela 101. Aproveitei para me abastecer com líquidos e segui já com o vento contra mais forte.
Já próximo a lagoa de Ibiraquera encontro o trevo de acesso a Garopaba, também em obras.
Dali a Paulo Lopes era uma sequencia de pontos em que haviam desvios, obras em pontes, trechos já duplicados, trechos até sem acostamento. Diversos pontos críticos em que o cuidado foi triplicado.
Neste trecho o vento Nordeste castigaria o mais preparado dos cicloturistas.
A vegetação se contorcia. Foi aí que cheguei até Paulo Lopes e que após o trevo de acesso reencontrei  meu irmão para o almoço.
APós estar com o tanque cheio novamente observei que o vento havia diminuído um pouco e resolvi não perder mtem e por os pneus na estrada.
Logo após a saída quem retorna em cena: o vento.
Ainda impiedoso o vento contra não favorecia este aventureiro. Sem contar que ainda teria o Morro dos Cavalos e ainda mais umas 3 subidas semelhantes até chegar a Palhoça.
O que amenizada a agonia pela condição do vento foram as belas paisagens da Serra do Mar, dos lagos e rios, e o belo dia que o astro rei proporcionava.
Bem, para resumir um pouco os sobe e desce enfim avisto o Mar.
Uma das melhores visões que eu poderia ter depois de ter pedalado uns 750km desde Modelo.
Na Enseada do Brito já podia ver o sul da Ilha de Florianópolis, com suas montanhas e sua vegetação.
Logo após passar pelo Pedágio recebo a ligação do grande amigo Nilson, o qual nos receberia em seu aconchegante lar.
Combinado o encontro para qualquer ponto da Ciclovia da Beira Mar Norte, segui pedalando os últimos quilometros de BR-101. Já em Palhoça avisto a capital e me encho de felicidade, extase, um prazer indiscritível.
Tão logo acesso a via expressa no município de São José em direção Leste rumando para a Ilha sinto que o sonho de chegar a capital do estado pedalando estava em minhas mão. Antes de cruzar a Ponte Pedro Ivo Campos novamente me encontro com o meu Irmão Rodrigo, aproveito para aliviar um pouco do peso da bike tirando o paralama dianteiro e pegando mais algumas bananas.
Aí adentro a ilha cruzando pela passarela. Uma sensação incrível.
Saindo da passarela da ponte sigo pela ciclovia da Beira Mar Norte, já a procura do Nilson. Aproveito para fotografar a ponte Hercílio Luz. Logo me encontro com meu velho amigo Nilson, muito contente registramos o momento e já começamos a colocar as conversas em dia. Em sua casa somos recebidos de braços abertos pela sua esposa Dona Nazaré e por suas filhas. Momentos que ficarão registrados para sempre. Uma pedalada emocionante, um delicioso jantar, uma ótima conversa,e uma ótima noite de sono, tudo isso em mais um dia para jamais esquecer.


Cicloabraços!!!!

terça-feira, 27 de julho de 2010

5º Dia - Bom Jardim da Serra até Laguna

Um dia para ficar na memória para o resto dos dias de minha vida.
Tudo começou por volta das 05:30. Acordei e fiquei pensando em pegar a estrada antes do horário previsto (havia colocado o relógio para despertar às 06:30) para ver o nascer do sol na Serra.
Mas devido ao friozinho que estava fazendo, mesmo dentro do quarto do hotel, resolvi esperar e sair após o café da manhã. No horário programado toca o relógio e eu saio para ver o clima. Minha surpresa foi tanta ao sair que me espantei. Nada mais nada menos do que, prestem atenção, -5,5ºC. Isso mesmo cinco graus e cinco décimos negativos.
Enquanto tomava café fia pela janela a geada que tomou conta dos campos, das copas dos pinheiros, que congelou as poças de água, e até a água do limpador do carro do meu irmão (que está me acompanhando).
Enfim, saí às 07:34 em direção à tão famosa Serra do Rio do Rastro.
Mesmo bem agasalhado - duas calças, duas meias, toca, luva comprida, 2 camisas, uma segunda pele, jaqueta corta vento, e é claro ainda tinha os tênis, os óculos - o frio imperava.
Batendo queixo, sentindo os lábios congelar e ainda parecia que os pulmões estavam prestes a endurecer com o ar frio, segui pedalando firme e concentrado.
Em pouco mais de uma hora após a saída do hotel, e depois de ver paisagens fantásticas, eis que chego topo da Serra.
Um céu límpido, uma paisagem deslumbrante, um momento preparado por Deus para ficar para sempre na memória. As imagens falam por si só.
Uma vitória que compartilho com todos os amigos e familiares.
Só digo o seguinte: valeu a pena cada gota de suor derramado até aqui. Agora são mais de 660km acumulados em mais de 34 horas de pedal até agora.
Após as tradicionais fotos do cume da Serra, iniciamos a descida.
Uma emoção que só pode ser vivida. Não existe descrição que se aproxime ao que pode ser sentido com uma experiência mágica destas.
Cada curva, a cada pedalada, as mudanças de temperatura, os aromas, a brisa úmida da Serra, ficaram encravadas na alma deste aventureiro. Uma explosão de adrenalina. Lágrimas teimavam em sair dos olhos em todos os momentos. Na mente vinha a lembrança de todas as pessoas que viveram comigo, mesmo que a distância, e também aquela que já não está entre nós mas que esteve comigo a cada curva, todas as emoções deste dia. Agradeço do fundo do coração o apoio e a energia.
Esta conquista e nossa!
Depois de vencida esta etapa do dia, nada mais justo que um bom almoço. Em São Ludgero forramos o estomago para os próximos 60km até Laguna.
Uma tarde de muito vento contra. Se foram as subidas e descidas dos dias anteriores mas em compensação o vento foi implacável.
Já em Tubarão, alcancei a BR-101. A tão famosa rodovia da morte está em obras de duplicação. Para quem for pedalar por ali deve ter muita atenção nos locais em que as obras estão acontecendo. E na ponte que divide os municípios de Tubarão e Capivari de Baixo os ciclistas devem ter muita atenção pois é uma ponte estreita e o movimento é intenço - eu desci da bike e com muito cuidado atravessei caminhando a ponte.
às 16:30 chego à Laguna. Cumprindo o programado.
Agora (22:22) estamos hospedados no Hotel Lagoa, ao lado da BR-101 e em frente à Lagoa do Imaruí.
Pronto para ir pra cama descançar e recarregar as energias para o pedal da quarta onde tem por destino a cidade de Florianópolis.
Abaixo publico as imagens de um dia Mágico!
Delicie-se e até amanhã!!!
Cicloabraços!!!

Dia das Crianças

Após um longo período sem postagens aqui no blog vamos retomar as aventuras 'ciclociclisticas'. Depois de ter acertado os detal...